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Artigo I A Marion Crane de Rihanna

  • Foto do escritor: Lucas Hoffmann
    Lucas Hoffmann
  • 22 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de out. de 2019



Adaptar personagens já conhecidos da cultura pop em uma nova releitura não é uma tarefa tão simples assim. A série Bates Motel mostra que essa proposta ousada pode funcionar e a adaptação ser tão primorosa quanto a versão original. Não excluindo os méritos de nenhuma das produções, uma vez que a série é uma apresentação moderna que recria os eventos anteriores ao filme Psicose e mostra a jornada de Norman Bates e sua relação doentia com sua mãe até se tornar o assassino completamente dissociado da realidade.


Entretanto, quem assistiu ao filme sabe muito bem como a história termina na icônica cena do chuveiro. Somos apresentados a Marion Crane (Janet Leigh), uma mulher misteriosa, que rouba uma fortuna para se casar com o namorado e foge durante uma tempestade decidindo passar a noite em um hotel que encontra pelo caminho e, para o seu azar, o dono é um psicopata. Na série, a personagem é interpretada pela cantora e atriz Rihanna durante dois episódios da quinta (e última) temporada de Bates Motel que chega ao período de Psicose.




A história da Marion em Bates Motel é modificada. Na nova versão ela se envolve com Sam (Austin Nichols), o qual ela não sabe que é casado e rouba uma fortuna para fugir com ele. A fim de evitar comparações com a história clássica os produtores, Kerry Ehrim e Carlton Cuse, distanciaram a adaptação da cena do chuveiro o máximo possível da versão original não ocorrendo o assassinato da Marion na série. Na época, em entrevista ao site TVLine, a dupla explicou que, no ano de seu lançamento, o filme estava muito a frente do seu tempo e por isso as características de Marion estavam apropriadas para 1960, mas não se encaixavam no período atual. Ehrim e Cuse queriam uma personagem empoderada e que fosse uma sobrevivente. E deu certo. Em vez de Marion morrer enquanto tomava banho, a vítima de Norman foi Sam.


Além da personagem não ser sexualizada, a ideia de transformar essa versão da Marion em uma mulher fundamentalmente forte e decidida funcionou muito bem dentro do contexto apresentado na série.



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