Filme I A Luz Entre Oceanos

Lucas Hoffmann
12 de out. de 2019
2 min de leitura

Sensível. Essa é a palavra que uso pra definir esse filme que, de forma tão delicada, trouxe em seu enredo o destino de um casal entrelaçado na linha tênue entre o que é certo e errado quando suas atitudes, aos poucos, começam a determinar seus destinos e escolhas irreparáveis. Baseado no best-seller homônimo da autora australiana M. L. Stedman, A Luz Entre Oceanos nos apresenta o casal Tom Sherbourne (Michael Fassbender) e Isabel Graysmark (Alicia Vikander).

"História que mostra um amor tão sincero e delicado, a consciência é o maior adversário"

Os dois se conhecem quando Tom volta, traumatizado, da Primeira Guerra Mundial e aceita o posto de faroleiro em uma pequena ilha australiana. Desde então, Tom e Isabel vivem isolados em um farol. A vida pacata do casal muda quando encontram um barco à deriva chegando até sua ilha. Dentro da embarcação está um homem morto e uma bebê recém-nascida. Isabel, que passou por dois abortos traumáticos, enxerga no incidente a solução para sua tragédia e num gesto de desespero e manipulação, ela convence Tom a ficar com a bebê que viria a se chamar Lucy-Grace. Com a verdadeira história de Lucy mantida em segredo, a vida do casal estava no que parecia ter sido o rumo certo a ser tomado. Mas a tranquilidade dos protagonistas muda quando, por obra do destino, Tom encontra Hannah (Rachel Weisz), a mãe de sangue de Lucy.

Revelar a verdade seria abrir mão do amor por alguém que você diz amar mais do que a sua vida? Apesar do tema universal e atemporal, a obra está longe de ser um drama clichê e entrega resoluções imprevisíveis criando uma forte conexão com o público mostrando que nem toda história precisa de um vilão ou vilã. Aqui, nessa história que mostra um amor tão sincero e delicado, a consciência é o maior adversário.