Filme I Azul É A Cor Mais Quente

Lucas Hoffmann
2 de ago. de 2019
2 min de leitura

Atualizado: 8 de out. de 2019

A descoberta da sexualidade na adolescência nunca foi totalmente fácil. Além de conhecer a si mesmo, você tem que lidar com as adversidades que consiste em nosso dia a dia. E não só apenas na questão do preconceito, mas até aonde você está disposto a ir por causa da pessoa que você ama? Isso tudo é mostrado em Azul é a Cor mais Quente.

"Retrata com naturalidade a descoberta de um grande amor"

Baseado na história em quadrinhos de Julie Maroh, o filme apresenta a vida da estudante Adèle (Adèle Exarchopoulos) que aos poucos descobre o seu interesse por pessoas do mesmo sexo. Apesar de Àdele já ter tido relações sexuais com garotos de sua idade, a paixão acontece quando a jovem conhece a pintora Emma (Léa Seydoux). A partir de então, Adèle passa a ser julgada por seus colegas na escola, além da insegurança que ela começa a sentir em seu relacionamento com Emma. O filme mostra mais do que a vida de um casal homoafetivo, e as suas intensas cenas de sexo, retrata com naturalidade a descoberta de um grande amor de uma forma sensível e das consequências das escolhas que fazemos.

O interessante também é a forma da filmagem trazida pela direção de Abdellatif Kechiche. Como o filme não foi filmado em um estúdio, a sensação que nos causa é como se estivéssemos vivenciando em tempo real junto das personagens todos os seus dilemas. Você até esquece que ali estão duas atrizes de tão consistentes que são as suas atuações misturadas a um enredo tão seguro de sua história.