Filme I Passageiros

Lucas Hoffmann
30 de jul. de 2019
2 min de leitura

Atualizado: 8 de out. de 2019

E se você tivesse a oportunidade de passar pela experiência alucinante da sua vida se submetendo a um estado de hibernação durante alguns anos com o propósito de recomeçar uma nova vida acordando em um novo mundo aparentemente "perfeito", você abriria mão de tudo que já havia construído, sua família e amigos? Com roteiro assinado por Jon Spaihts e com direção de Morten Tyldum, o filme Passageiros traz esse questionamento tendo como pano de fundo a tecnologia e o espaço, mas enfatizando essa abordagem de uma escolha e suas consequências.

"Conflito humano e ético"

A bordo de uma espaçonave estão milhares de pessoas com distintas profissões sendo transportadas até um novo planeta para uma nova vida. Ocorre um problema técnico no sistema da nave e o mecânico Jim (Chris Pratt) acidentalmente é acordado de sua hibernação 90 anos antes do programado e descobre que não poderá voltar a hibernar e que quando chegar ao destino final ele terá morrido de velhice. O desespero para o personagem e a sensação de desconforto para quem assiste é inevitável. Você teria estrutura psicológica suficiente pra passar, sozinho, o resto da sua vida e esperar a morte chegar em um ambiente fora da sua zona de conforto sem poder voltar pra casa?

Esse dilema do personagem ocasiona um conflito humano e ético e que, apesar do conforto que a nave dispõe, no fim somos humanos, apenas humanos. A escritora Aurora (Jennifer Lawrence) surge e um romance avassalador acontece entre os personagens transformando o filme em um drama romântico, usufruindo muito pouco do tema ficção cientifica. A história dos personagens antes do evento é rapidamente contada, mas ainda assim Passageiros consegue manter a sua essência com um final que nos faz refletir sobre a própria vida.